(...) Ela não se importava com o que iriam dizer. Só queria dançar e dançar, se entregar à energia positiva que aquela música trazia. Ser o brilho mais notável entre tantas luzes néon. Ter um único momento naquele ano que trouxesse um sorriso ao se recordar. Uma vez, apenas uma vez, ser quem realmente é. Que se danasse Morrissey e seus olhar surpreso, ou seu sorriso completamente diferente do normal.
Queria que tudo isso pudesse ser posto em prática. Queria não ser tão cheia de vergonha. Nunca fizera nada que fosse realmente um motivo para se envergonhar, nada além de amá-lo. Seu subconsciente insistia que era errado, e isso a fazia sentir vergonha de ser livre na presença dele. A maldita presença que adorava. Se sentia aquecida por saber que ele estava ali, em algum lugar. Talvez observando-a discretamente, ou desperdiçando tempo em conversas irrelevantes. Mas, ao menos, estava lá. Era o que importava. Era o suficiente para prendê-la em sua bolha de auto-preservação. (...)
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